sexta-feira, 26 de maio de 2017

Hell - O mito inglês do Heavy Metal

Tá aí uma banda foda, lendária e que infelizmente pouquíssima gente conhece ou sequer já ouviu falar. Essa vale tanto para a indicação do dia quanto para um dos #TerreiroClassics mais especiais que já escrevi nesses 2 anos de Terreiro, espero que leiam e escutem a obra.


Com uma história meio trágica em seus primórdios, mais de 30 anos de história e apenas 2 discos e um EP lançados, o Terreiro cita e homenageia o HELL pelo 6° aniversário de lançamento/relançamento de "Humans Remains", seu primeiro disco de estúdio.
O álbum contém versões regravadas de músicas originalmente compostas pela banda entre 1982 e 1986, com pequenas mudanças de arranjos e atualizações, além da adição de novas partes de teclado e orquestrações pelo guitarrista original da banda Kev Bower. O álbum foi montado durante um período de três anos, mais por um hobby dos músicos durante períodos ocasionais de inatividade no estúdio Backstage Studios de propriedade de Andy Sneap.

Sneap financiou o projeto inteiro de seu próprio bolso e gravou a segunda guitarra nas regravações. As gravações foram concluídas sem esperança nem aspirações de qualquer resultado mercadológico, a intenção original era produzir apenas algumas cópias CDr para os membros da banda, amigos próximos e família. Mas quando o material é foda uma coisa sempre puxa outra.


Após todos os trabalhos terminados, o material chamou a atenção de cinco gravadoras. O que levou a banda a assinar com a gigante Nuclear Blast Records para o lançamento do disco.
O álbum entrou nas paradas nacionais na Alemanha e em vários países escandinavos após seu lançamento. Recebeu inúmeras críticas positivas e um número substancial de elogios, incluindo "Álbum do Ano 2011" na Rock Magazine da Suécia, aonde a lista de bandas de qualidade é gigantesca. Ele também chegou a 1ª posição no Reino Unido na "Metal Hammer" além de vários outros veículos especializados importantes da Europa.


Várias faixas incluíram o falecido vocalisra original Dave Halliday, com Andy Sneap tendo um grande trampo pra recuperar fitas antigas para que o ex-vocal da banda pudesse ter esse disco como uma homenagem. Sneap e o resto dos membros da banda também tiveram o cuidado para o os royalties do disco fossem divididos em seis partes, ao invés de cinco, para que a família do falecido Halliday recebe-se pelo trabalho do mesmo. Isso perdura até hoje. Uma curiosidade interessante e assumidamente não intencional deixou o disco com exatos 66minutos e 6 segundos. O álbum também é executado sem parar, faixa a faixa é preenchida por uma série de interlúdios musicais.

Uma das coisas que mais chamava a atenção dos fãs nos anos 80, eram as apresentações teatrais e cheias de energia, o que a banda fez questão de mandar e aprimorar na turnê de divulgação do disco. Méritos principalmente ao sagaz David Bower, o cara é um show man digno de parear com nomes do quilate de King Diamond ou Alice Cooper... só vendo mesmo a banda ao vivo pra ter a real noção do que falo.
Sua pequena, mas fiel base de fãs pelo mundo espera ansiosamente pelo terceiro ato da banda mas ao que tudo indica a agenda atarefada dos integrantes vai deixar a banda mais um pouquinho na geladeira. Esporadicamente ela se apresenta pela europa, a última vez foi como abertura para o Accept (imaginem só que noite foi essa)

A raríssima versão deluxe do CD (foto abaixo) além da versão regular, contém as demos originais remasterizadas. Interessante ouvir as duas versões e ver como a banda conseguiu manter todo o clima das músicas, mesmo após tanto tempo.


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