O Nevermore surgiu no começo dos anos 90 quando a banda Sanctuary, pressionada por sua gravadora a mudar de direcionamento musical, encerrou prematuramente suas atividades durante a gravação do terceiro álbum de forma nada amigável. Dois dos integrantes, o vocalista Warrel Dane e o baixista Jim Sheppard, não concordavam com a mudança proposta pela gravadora e aparentemente bem recebida pelos outros membros: abandonar o Heavy Metal e entrar de cabeça no Grunge. Os ânimos na banda já andavam exaltados quando os integrantes literalmente "saíram no braço" durante uma festa, selando assim o destino da banda. Só restou a Warrel Dane e Jim Sheppard começar um novo projeto que refletisse não somente a proposta original do Sanctuary, mas que abrisse portas para a fusão de outros estilos de Metal (o nome Nevermore foi decidido no dia seguinte a briga, enquanto os dois escutavam uma música da banda de Doom Metal, Trouble).
No fim de 1994, já contando com uma formação estável, com o baterista Van Williams e o ex-guitarrista do Sanctuary, Jeff Loomis, o Nevermore acabara de atrair a atenção do produtor Neil Kernon (Queensryche, Judas Priest, Flotsam & Jetsam, Yes, Rolling Stones, Journey) que, acreditando no potencial da banda, assume o risco de gravar o material por conta própria. O primeiro álbum, Nevermore, sai pela Century Media Records em 1995 e recebe críticas positivas da mídia especializada, rendendo à banda uma turnê europeia com o Blind Guardian e uma turnê norte-americana com o Death.
A adição do guitarrista Pat O'Brien viria a acontecer pouco antes do lançamento do EP In Memory em 1996. O'Brien ainda participou das gravações do álbum seguinte - The Politics of Ecstasy em 1996, pouco antes de deixar a banda para integrar a banda de Death Metal Cannibal Corpse. Tim Calvert, que já tinha participado da composição de algumas músicas do Nevermore passaria a integrar a banda a partir da saída de O'Brien.
Em 1999 o Nevermore lança Dreaming Neon Black. O álbum mais uma vez foi muito bem recebido pela crítica.
O álbum narra a história de um homem em seu lento declínio em direção à loucura após a morte da única mulher que amara. Dane teve uma experiência semelhante, após o desaparecimento de sua namorada.
As faixas apresentam uma gama variada de estilos, partindo de músicas lentas e melancólicas até músicas mais agressivas e progressivas. Warrel Dane faz interpretações inspiradíssimas que refletem com clareza o conceito de cada música do álbum.
O álbum narra a história de um homem em seu lento declínio em direção à loucura após a morte da única mulher que amara. Dane teve uma experiência semelhante, após o desaparecimento de sua namorada.
As faixas apresentam uma gama variada de estilos, partindo de músicas lentas e melancólicas até músicas mais agressivas e progressivas. Warrel Dane faz interpretações inspiradíssimas que refletem com clareza o conceito de cada música do álbum.
Uma longa turnê se seguiu, com a banda tocando com diversas bandas de renome como Mercyful Fate, Arch Enemy e Iced Earth. Ao fim da turnê, em 2000, o guitarrista Tim Calvert anuncia a sua saída amigável da banda alegando razões pessoais. Ao invés de procurar um substituto, a banda decide continuar como um quarteto, usando guitarristas contratados apenas para tocar ao vivo, Curran Murphy (que tocou no Annihilator), e Chris Broderick (atual Act Of Defiance, ex-Jag Panzer, Megadeth) são alguns dos bons nomes que engrossam a boa lista de nomes que passaram pela vaga.
Em 2001 o Nevermore entra em estúdio para gravar Dead Heart In A Dead World sob o comando de renomadissimo Andy Sneap. A sonoridade se torna ainda mais pesada devido a utilização de guitarras de 7 cordas. Após o lançamento do álbum (que outra vez recebeu críticas super-positivas da mídia especializada), a banda sai em turnê e passa pelo Brasil pela primeira vez, fazendo dois shows numa mini-turnê com o Krisiun.
Dead Heart In A Dead World é considerado por muitos fãs, como o melhor registro da banda.
Dead Heart In A Dead World é considerado por muitos fãs, como o melhor registro da banda.
O quinto álbum, Enemies Of Reality, permanece em produção por mais de um ano e é lançado em meados de 2003. Apesar do álbum mostrar um Nevermore cada vez mais técnico e agressivo, a produção do álbum a cargo de Kelly Gray, não agradou fãs e nem a banda. As críticas são tantas nesse aspecto que a banda decide já em 2004 entregar a re-masterização do material à Andy Sneap. O resultado, nitidamente melhor, pode ser conferido no relançamento do álbum que saiu com uma capa ligeiramente diferente. (fotos abaixo).
Neste ínterim, a banda passa a ser um quinteto novamente com a adição do renomado guitarrista Steve Smyth (ex-Testament/Vicious Rumours).
Neste ínterim, a banda passa a ser um quinteto novamente com a adição do renomado guitarrista Steve Smyth (ex-Testament/Vicious Rumours).
Em julho de 2005 a banda lança This Godless Endeavor, aclamado por muitos como o melhor trabalho da banda. O álbum mescla com maestria elementos dos três últimos (e mais bem-sucedidos) álbuns: a melancolia de Dreaming Neon Black, o peso de Dead Heart in a Dead World e o lado mais técnico de Enemies of Reality. Tudo isso recheado por letras críticas e reflexivas sobre temas que abrangem religião, sociologia e política. Logo após o lançamento, a banda sai em turnê com o festival itinerante Gigantour, evento capitaneado por Dave Mustaine. O Nevermore foi uma das atrações principais.
Nesta turnê também, o Nevermore fez mais duas apresentações no Brasil em 2006, noa segunda edição do festival Live 'N' Louder, que aconteceu no dia 14 de outubro na Arena Anhembi, em São Paulo. Embora tenha sido um show curto, foi um dos melhores que pude ver na minha vida. A outra cidade premiada foi Curitiba, que recebeu a banda no Curitiba MasterHall no dia 15 de outubro. Após o encerramento da turnê a banda parou por três anos, o que colocou em cheque um possível fim da banda, o que por enquanto não se confirmara.
Essa turnê deu original ao primeiro e único registro ao vivo oficial da banda, o box The Year Of The Voyager, hoje em dia peça meio difícil de se encontrar.
Após o primeiro hiato da carreira, em 2010 a banda voltou com mais um grande trabalho. "The Obsidian Conspiracy", reúne mais uma vez as melhores características de seus antecessores e mais uma vez agradou crítica especializada e fãs. Acabou por ser o último registro da banda, que após a turnê, mais precisamente em abril de 2011, o guitarrista Jeff Loomis e o baterista Van Willians pegaram todos os fãs de surpresa com o anúncio de suas saídas da banda.
Dane garante que a banda não acabou, ele a trata desde então como "status indefinido".
Em entrevista concedida aqui mesmo no Brasil há 2 anos, ele garante que "O Nevermore não está morto!" e tem "planos secretos" (que agora já não são mais secretos rsrs). Ele confirmou que tem "todas as letras já escritas para o próximo álbum do Nevermore" e que as escreveu após as saídas de Jeff e Van. Disse também que será um disco conceitual. Nessa mesma entrevista reveladora em 2015, ele afirma que o álbum pode ser lançado dentro de 2 anos (teoricamente seria esse ano), logo não se assuste com uma possível volta da banda, mas o mesmo não garante exatamente quem fará parte dessa nova reincarnação do Nevemore. Agora nos resta torcer pra poder ver essa volta de um dos melhoires nomes que surgiram nos anos 90 e se consolidaram fortemente nos anos 2000.
Enquanto as incertezas pairam no ar, os músicos seguem suas vidas. Warrel Dane com sua banda solo formada por brasileiros excursiona tocando músicas do Nevermore, Sanctuary e seu disco solo e já lançou um disco no retorno do Sanctuary, aonde tem a companhia de Jim Sheppard. Van Williams é baterista da banda Ashes Of Ares, que tem em seu front Matthew Barlow (ex-Iced Earth). Jeff Loomis é guitarrista do Arch Enemy desde 2014.
Enquanto as incertezas pairam no ar, os músicos seguem suas vidas. Warrel Dane com sua banda solo formada por brasileiros excursiona tocando músicas do Nevermore, Sanctuary e seu disco solo e já lançou um disco no retorno do Sanctuary, aonde tem a companhia de Jim Sheppard. Van Williams é baterista da banda Ashes Of Ares, que tem em seu front Matthew Barlow (ex-Iced Earth). Jeff Loomis é guitarrista do Arch Enemy desde 2014.
DISCOGRAFIA
Nevermore (1995)
The Politics of Ecstasy (1996)
In Memory (1996)
Dreaming Neon Black (1999)
Dead Heart in a Dead World (2000)
Enemies of Reality (2003, remixado em 2004)
This Godless Endeavor (2005)
The Year of the Voyager (2008)
The Obsidian Conspiracy (2010)