terça-feira, 23 de maio de 2017

Undrask - Battle Through Time (2017)

Amigos, ano passado, desde janeiro, fomos surpreendidos por uma enxurrada de ótimos lançamentos, bandas surpreendendo e destruindo tudo com seus CDs convincentes e bem produzidos, tanto que não é difícil vermos algumas expressões como essa: "2016 foi um ano excepcional para o metal! Vai ser difícil bater de frente com um ano tão bom.". Pois bem, eu também pensava assim. Mas serei muito otimista em dizer que este ano já está batendo de frente com ano passado, bandas gigantes e novos novos nomes do metal já lançaram discos capazes de colocar qualquer marmanjo, dito apenas fã dos anos 80, em posição fetal chorando muito pedindo arrego para mamãe.



Claro que medalhões com Overkill, Grave Digger, Kreator, já estão acostumados a lançarem plays que, de comum acordo, são pérolas! Mas o que dizer de uma banda que recém lança seu debut, e já me conquista por completo? Sim, em meio a tantos lançamentos a jovem banda Undrask conquistou seu lugar junto ao poderoso hall de 2017, será difícil tirar o lugar desses americanos!


A banda executa em sua melhor forma, cercado de grande força e tecnicas, um Melodic Death Metal digno de botar medo em mestres como Children of Bodom, Whispered e Kalmah. Caramba, a faixa de abertura "No Graves For The Dead" é uma aula de Metal! Um riff trabalhado de forma a deslizar pelos nossos ouvidos se inicia repentinamente em conjunto a frases potentes da bateria. Não demora muito até tudo se acertar e as peças separadas se ajustarem é formarem uma grande escultura melódica e com peso digno de um bom Death Metal. O vocal não perde nem um pouco de espaço para o instrumental, com força e rasgueado o suficiente para se encaixar em qualquer proposta, ele agrada tanto a fãs de um gutural grave, quanto a fãs de um gutural mais agudo. O solo, é outra história, repleto de técnica e feeling, o mesmo se conecta com a 'alma' dá música de uma forma muito simples mas também muito convicta. O baixo serve de sustentação apara toda a construção, ficando bem suave, mas de fácil percepção!

A segunda faixa desse petardo se chamar "Conscripted" e possui o mesmo apelo épico e melódico da primeira faixa, com riffs poderosos e frases interessantes, a música se torna de fácil reprodução, simples e muito agradável. "Champion of the Dawn" possui uma fórmula mais clássica do Death Metal mesclada a uma inspiração direta do Power Metal, com bases mais carregadas de riffs, uma letra mais falada, combinando muito com a atmosfera simplória e criativa. Uma coisa que muito me conquistou no álbum, são as introduções das músicas, como o caso das faixas: "Black Ocean", "Longhammer" e "Primal Revelation" (faixas 4, 6 e 7, respectivamente). Que músicas épicas! Bases mais trabalhadas, baterias simples, vocais sublimes, rasgueados e cantados de uma forma que combine com a ambientação dá música. Sem mencionar as letras bem escritas que agregam maior valor ao disco! (A faixa 5, que não foi mencionada, é apenas uma faixa de ligação entre as músicas, sem muita importância para o disco).


Em "Faceless Eyes", a máquina de Melodic Death Metal volta a ativa, investindo em estilos mais progressivos, com uma bateria bem rítmica e ótima coloção no disco. A faixa "Final Right" pode ser a faixa que menos me empolgou no disco, mas não deixa de ser uma ótima faixa, apesar de um pouco massante e longa, a música tem seu charme abrasivo, por conta dos riffs muito bem trabalhados, e de como o trabalho de duas guitarras pode ser bem produtivo! A faixa contundente, e homonímia ao disco, possui 8 minutos em sua duração, e com passagens em varios estilos dentro do metal, conseguimos distinguir influências Power, Thrash, Melodic, e claro Death. Uma faixa pouco maçante, mas com peso, história, e muito feeling. Não tem como descrever a música, ouçam-na e conte para nós o que ouvir!

Melodic Death, Melodic Power, Prog Death, não importa.
Quando se trata de metal, o que manda é a qualidade sonora, e por acaso, esse CD possui muita qualidade! Rápido, épico, técnico, o único problema é o grande recurso dá transparência do baixo, ele realmente fica dificil de se notar, sendo que assim o disco teve um errinho pequeno em meio a um mar de acertos!


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