Capítulo IV - VITIMIZAÇÃO
THIS LOATHSOME CARCASS
O jogo muda. O EMOCIONAL outrora defensivo passa a ter mais e
mais consciência da sua falta de determinação mas, ao invés de
resolver os problemas que causam infelicidade e sofrimento, ele
passa a culpar a sua existência como a origem de todos os
problemas. Esse comportamento de vitimização traz uma grande
ira ao RACIONAL que passa a desprezar mais ainda o EMOCIONAL.
ESTA CARCAÇA REPUGNANTE
EMOCIONAL: Revele para mim quem é essa alma perdida,
repugnante e pavorosa que rola na lama.
RACIONAL: Essa carcaça tão retorcida só sabe reclamar
EMOCIONAL: Ah!
RACIONAL; Olhe para ti figura insignificante! Desgastado,
diminuído e enfraquecido. Despido de dignidade.
Mais um de uma longa fila a implorar pela vida e a
mendigar por ajuda.
EMOCIONAL: Sou eu quem manda em minha vida? Quem conduz
a minha alma? Fale pra mim... fale pra mim... essa
é a visão do que me tornei?
Por toda a minha vida eu construí castelos sobre a
areia, mas a areia não pode ser contida no aperto da mão.
Por toda a minha vida construí esperanças no ar,
mas a cruel sabedoria do vento, implacavelmente
varreu minhas esperanças e meus sonhos.
RACIONAL: Tu és um completo desperdício de existência, um
receptáculo inútil para uma alma. Criatura de
comportamento ofensivo, de futuro errante e
incerto, um tolo da cabeça aos pés.
EMOCIONAL: Sou eu quem manda em minha vida? Quem conduz
a minha alma? Fale pra mim... fale pra mim... essa
é a visão do que me tornei?
O que eu me tornei? O que eu me tornei?
Por toda a minha vida eu construí castelos sobre a
areia, mas a areia não pode ser contida no aperto da mão.
Por toda a minha vida construí esperanças no ar,
mas a cruel sabedoria do vento, implacavelmente
varreu minhas esperanças e meus sonhos