segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Rings of Saturn: Discografia (2010 - 2017)

Eu entendo muito bem o porquê de os curtidores de Metal terem muito preconceito com o Deathcore, muitos afirmam que se trata de uma coisa ridícula, que denigre a imagem do metal, com bandas ridículas, e similares, vocais totalmente perdidos e inaudíveis. Porém, em determinada época da minha vida, decidi dar oportunidade para essas bandas. Ouvi inúmeras bandas, mas a princípio apenas uma me chamou atenção, e hoje, se tornou uma das bandas mais ouvidas por esse que vos escreve.

Rings Of Saturn




Sabe aquele som brutal do Technnical Death Metal? O que aconteceria se colocássemos uma pitada de Progressive, pequenas doses (pequenas mesmo) de Metalcore? Bem amigos, este é o resultado. Uma banda extremamente única, que foge às características comuns do Deathcore, um som autentico, e como descrito pela própria banda True Death Metal (fiquei pensativo quanto a isso, mas se eles dizem...).

Embryonic Anomaly (2010)


Ouvimos neste álbum um som mais cru, porém muito bem produzido (para um primeiro álbum), ouvimos muitos elementos de Death Metal neste álbum, mas com força nos breakdowns do Deathcore, vocais mais fracos que o atual vocalista (visto que o primeiro vocalista não possuía preparo algum para cantar, mas mesmo assim fez um ótimo trabalho). Este álbum para uma primeira audição, pode parecer estranho e sem graça, mas depois de um tempo, encontramos sua beleza em seus riffs bem construídos, e rápidos, completados por uma bateria absurda. Se destaca neste álbum músicas como "Invasion", "Seized And Devoured", "Corpses Thrown Across The Sky", "Embryonic Anomaly", "Grinding of Internal Organs".


Track-list
1. Invasion
2. Seized and Devoured
3. Abducted
4. Final Abhorrent Dream
5. Corpses Thrown Across the Sky
6. Embryonic Anomaly
7. Annihilating the Pure
8. Grinding of Internal Organs
9. End of Humanity

Band Members:
Brent Silletto - Drums
Lucas Mann - Guitars, Bass, Keyboards
Peter Pawlak – Vocals

Dingir (2012)


Este é o álbum que marca a característica criativa da banda, mais voltada para o lado Technnical do Death Metal. Composições mais carregadas de distorção (Mas não a ponto de ser algo ridículo), velocidade, muito peso no baixo, vocais doentios, e claro, uma temática inter-galactica (raça humana sendo subjugada por aliens). Uma coisa que me deixou vidrado na banda foi a capa, que possui uma arte incrível! Neste álbum, vemos uma força um pouco maior do Prog, com as bases mais trabalhadas e solos rápidos e bem construídos. Esse álbum não possui erros, todas as músicas são únicas, e bem-feitas. Destaques para “Galactic Cleasing”, Peeling Arteries”, Hyperforms” e “Fruitless Existence”. A certeza que você pode ter ao ouvir a banda, é que você terá uma experiência única.


Track-list:
1. Objective to Harvest 
2. Galactic Cleansing    
3. Shards of Scorched Flesh    
4. Dingir 
5. Faces Imploding        
6. Peeling Arteries
7. Hyperforms   
8. Fruitless Existence    
9. Immaculate Order     
10. Utopia

Band Members:
Sean Martinez - Bass
Joel Omans - Guitars
Lucas Mann - Guitars
Ian Baker - Drums
Ian Bearer - Vocals
Session Members:
John Galloway – Keyboards

Lugal En Ki (2014)


Neste lançamento da banda, temos um álbum conciso e único, do começo ao fim, músicas que se ligam, mesmo que imperceptivelmente, solos mais abusivos e vocais doentios novamente. A pancada inicial do álbum retrata muito bem o peso que é absorvido na audição desse disco. A música que me chamou muito atenção é a faixa "Lalassu Xul", que se inicia com uma doce melodia circense, e aos poucos se transforma na destruição de tímpanos que esperávamos. Outras faixas que conquistaram minha audição (deixando bem claro que gosto do álbum todo, mas essas são minhas favoritas) foram "Infused" (com participação do guitarrista Rusty Cooley), "Natural Selection" (para mim, uma seleção natural de ouvidos de alface), e "Godless Times" que se trata de uma música melancólica (?) em certas partes, dando uma sensação de perdição, ou até mesmo rendição. O Álbum segue ainda com mais algumas ótimas músicas. Novamente, um petardo incrível!



Track-list:
1. Senseless Massacre
2. Desolate Paradise
3. Lalassu Xul
4. Infused
5. Fractal Intake
6. Natural Selection
7. Beckon
8. Godless Times
9. Unsympathetic Intellect
10. Eviscerate
11. The Heavens Have Fallen
12. No Pity for a Coward (Suicide Silence cover)

Band Members:
Lucas Mann - Guitars, Bass
Joel Omans - Guitars
Ian Bearer – Vocals

Session Members:
Aaron Kitcher (Infant Annihilator, Black Tongue) – Drums
Rusty Cooley (Rusty Cooley, ex-Outworld) – Guitarra em “Infused”

Ultu Ulla (2017)


Eis que os jovens garotos dos Estados Unidos lançam por fim seu 4° disco, o belo Ultu Ulla. Carregado de peso e técnica, a beleza do disco é primariamente apresentada pela capa complexa e cheia de detalhes, pintada em tons de roxo e desenhada com uma extrema precisão. O álbum brinda a sua existência com a faixa de abertura chamada de “Servant of this Sentience”, uma das faixas mais bem criadas desse grupo. O riff inicial é de um poder imensurável, rápido, técnico e muito bem situado junto aos outros instrumentos. Os vocais de Ian continuam fortes e presentes, e contribuem para o peso da faixa, visto que ele explora muito bem as nuances apresentadas no disco. As guitarras de Lucas Mann também marcam a essência do disco e não fogem ao estilo já apresentado pelo guitarrista. Apesar de sua forma mais polida, o disco volta a utilizar com mais frequência os breakdowns, como na faixa “Parallel Shift”, “Margidda”, “Harvest” e “Inadequate”. O disco em seu todo possui ótimas composições entre elas uma faixa instrumental, “The Macrocosm”, muito bem construída, que mostra o quanto os instrumentos estão se encaixando perfeitamente. As 10 composições do álbum assinam o contrato de serem as mais empolgantes da discografia (até agora) da banda!



Track-list:
1. Servant of this Sentience
2. Parallel Shift
3. Unhallowed
4. Immemorial Essence
5. The Relic
6. Margidda
7. Harvest
8. The Macrocosm
9. Prognosis Confirmed
10. Inadequate

Band Members:
Lucas Mann - Guitars
Ian Bearer - Vocals
Aaron Stechauner - Drums
Miles Baker – Guitars

Apesar de fazer parte de um seleto grupo de bandas que atinge apenas um único grupo de fãs, é uma banda que deve ser reconhecida pela sua autenticidade e que deixará sua marca por isso. O deathcore apresentado por Rings of Saturn é algo diferenciado e muito único, que se te prender, jamais irá sair de sua cabeça.


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