Eu entendo
muito bem o porquê de os curtidores de Metal terem muito preconceito com o
Deathcore, muitos afirmam que se trata de uma coisa ridícula, que denigre a
imagem do metal, com bandas ridículas, e similares, vocais totalmente perdidos
e inaudíveis. Porém, em determinada época da minha vida, decidi dar
oportunidade para essas bandas. Ouvi inúmeras bandas, mas a princípio apenas
uma me chamou atenção, e hoje, se tornou uma das bandas mais ouvidas por esse
que vos escreve.
Rings Of Saturn
Sabe aquele som brutal do Technnical Death Metal? O que aconteceria se colocássemos uma
pitada de Progressive, pequenas doses (pequenas mesmo) de Metalcore? Bem
amigos, este é o resultado. Uma banda extremamente única, que foge às características
comuns do Deathcore, um som autentico, e como descrito pela própria banda True
Death Metal (fiquei pensativo quanto a isso, mas se eles dizem...).
Embryonic Anomaly (2010)
Ouvimos neste
álbum um som mais cru, porém muito bem produzido (para um primeiro álbum),
ouvimos muitos elementos de Death Metal neste álbum, mas com força nos
breakdowns do Deathcore, vocais mais fracos que o atual vocalista (visto que o
primeiro vocalista não possuía preparo algum para cantar, mas mesmo assim fez
um ótimo trabalho). Este álbum para uma primeira audição, pode parecer estranho
e sem graça, mas depois de um tempo, encontramos sua beleza em seus riffs bem
construídos, e rápidos, completados por uma bateria absurda. Se
destaca neste álbum músicas como "Invasion", "Seized And
Devoured", "Corpses Thrown Across The Sky", "Embryonic
Anomaly", "Grinding of Internal Organs".
Track-list
1. Invasion
2. Seized and Devoured
2. Seized and Devoured
3. Abducted
4. Final
Abhorrent Dream
5. Corpses
Thrown Across the Sky
6. Embryonic
Anomaly
7. Annihilating
the Pure
8. Grinding
of Internal Organs
9. End of
Humanity
Band Members:
Brent Silletto - Drums
Lucas Mann - Guitars, Bass, Keyboards
Peter Pawlak – Vocals
Dingir (2012)
Este é o álbum
que marca a característica criativa da banda, mais voltada para o lado
Technnical do Death Metal. Composições mais carregadas de distorção (Mas não a
ponto de ser algo ridículo), velocidade, muito peso no baixo, vocais doentios,
e claro, uma temática inter-galactica (raça humana sendo subjugada por aliens).
Uma coisa que me deixou vidrado na banda foi a capa, que possui uma arte
incrível! Neste álbum, vemos uma força um pouco maior do Prog, com as bases
mais trabalhadas e solos rápidos e bem construídos. Esse álbum não possui
erros, todas as músicas são únicas, e bem-feitas. Destaques para “Galactic
Cleasing”, Peeling Arteries”, Hyperforms” e “Fruitless Existence”. A certeza que você pode ter ao ouvir a
banda, é que você terá uma experiência única.
Track-list:
1. Objective to Harvest
1. Objective to Harvest
2. Galactic
Cleansing
3. Shards of Scorched Flesh
4. Dingir
5. Faces
Imploding
6. Peeling
Arteries
7. Hyperforms
8. Fruitless Existence
9. Immaculate Order
10. Utopia
Band Members:
Sean Martinez - Bass
Joel Omans - Guitars
Lucas Mann - Guitars
Ian Baker - Drums
Ian Bearer - Vocals
Session Members:
John Galloway – Keyboards
Lugal En Ki (2014)
Neste lançamento
da banda, temos um álbum conciso e único, do começo ao fim, músicas que se
ligam, mesmo que imperceptivelmente, solos mais abusivos e vocais doentios
novamente. A pancada inicial do álbum retrata muito bem o peso que é absorvido
na audição desse disco. A música que me chamou muito atenção é a faixa
"Lalassu Xul", que se inicia com uma doce melodia circense, e aos
poucos se transforma na destruição de tímpanos que esperávamos. Outras faixas
que conquistaram minha audição (deixando bem claro que gosto do álbum todo, mas
essas são minhas favoritas) foram "Infused" (com participação do
guitarrista Rusty Cooley), "Natural Selection" (para mim, uma seleção
natural de ouvidos de alface), e "Godless Times" que se trata de uma
música melancólica (?) em certas partes, dando uma sensação de perdição, ou até
mesmo rendição. O Álbum segue ainda com mais algumas ótimas músicas. Novamente,
um petardo incrível!
Track-list:
1. Senseless
Massacre
2. Desolate
Paradise
3. Lalassu
Xul
4. Infused
5. Fractal
Intake
6. Natural
Selection
7. Beckon
8. Godless
Times
9. Unsympathetic
Intellect
10. Eviscerate
11. The Heavens Have Fallen
12. No Pity
for a Coward (Suicide Silence cover)
Band Members:
Lucas Mann - Guitars, Bass
Joel Omans - Guitars
Ian Bearer –
Vocals
Session Members:
Aaron Kitcher (Infant Annihilator, Black Tongue) – Drums
Rusty Cooley (Rusty Cooley, ex-Outworld) – Guitarra em “Infused”
Rusty Cooley (Rusty Cooley, ex-Outworld) – Guitarra em “Infused”
Ultu Ulla (2017)
Eis que os
jovens garotos dos Estados Unidos lançam por fim seu 4° disco, o belo Ultu
Ulla. Carregado de peso e técnica, a beleza do disco é primariamente
apresentada pela capa complexa e cheia de detalhes, pintada em tons de roxo e
desenhada com uma extrema precisão. O álbum brinda a sua existência com a faixa
de abertura chamada de “Servant of
this Sentience”, uma das faixas mais bem criadas desse grupo. O riff
inicial é de um poder imensurável, rápido, técnico e muito bem situado junto
aos outros instrumentos. Os vocais de Ian continuam fortes e presentes, e
contribuem para o peso da faixa, visto que ele explora muito bem as nuances apresentadas
no disco. As guitarras de Lucas Mann também marcam a essência do disco e não
fogem ao estilo já apresentado pelo guitarrista. Apesar de sua forma mais
polida, o disco volta a utilizar com mais frequência os breakdowns, como na
faixa “Parallel Shift”, “Margidda”, “Harvest” e “Inadequate”. O disco em seu
todo possui ótimas composições entre elas uma faixa instrumental, “The
Macrocosm”, muito bem construída, que mostra o quanto os instrumentos estão se
encaixando perfeitamente. As 10 composições do álbum assinam o contrato de
serem as mais empolgantes da discografia (até agora) da banda!
Track-list:
1. Servant of this Sentience
2. Parallel Shift
3. Unhallowed
4. Immemorial Essence
5. The Relic
6. Margidda
7. Harvest
8. The Macrocosm
9. Prognosis Confirmed
10. Inadequate
Band Members:
Lucas Mann - Guitars
Ian Bearer - Vocals
Aaron Stechauner -
Drums
Miles Baker – Guitars
Apesar de fazer
parte de um seleto grupo de bandas que atinge apenas um único grupo de fãs, é
uma banda que deve ser reconhecida pela sua autenticidade e que deixará sua
marca por isso. O deathcore apresentado por Rings of Saturn é algo diferenciado
e muito único, que se te prender, jamais irá sair de sua cabeça.