sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Hate Theory - III (2017)

Peso! Peso e mais peso define esse trampo foda dos norte americanos do Hate Theory com seu disco de retorno intitulado simplesmente de III. A banda executa um Metal Core de altíssima qualidade e com ótimas influencias de Death Metal. Antes de mais nada, bora deixar de lado um pouco o preconceito natural que alguns de nós temos sobre esse estilo e aproveitar a bolacha. O disco marca o retorno da banda após 14 anos de hiato e longos 19 anos sem discos lançados. O play abre com a esmagadora “Old Dog”. Seu clima é perfeito para abrir um disco, a pedrada traz logo de cara um trampo de bateria de tirar o fôlego. O trampo cadenciado e quebradão da faixa é um convite irrecusável para o pit e a ótima produção do disco é fator importante para a banda despejar toda sua fúria em forma de peso!

“Unchained Unbeaten” traz mais uma vez aquele clima de destruição com uma cozinha estupidamente brutal e guitarras muito bem encaixadas. O solo dessa música é melódico e muito legal, um dos pontos altos do disco. "Already Dead" começa arrastada, até meio Doom, os vocais de Jeff Fahl impressionam pela agressividade e a forma potente de cantar. O som traz uma pegada mais moderna ao disco mas sem soar apelativo, talvez o grande mérito da banda e o que torna o seu jeitão de fazer Metalcore mais legal que o dos outros. Há de se destacar novamente o trabalho do baterista e gente finíssima Jason Lamtman, o cara parece uma britadeira!!!


Pela primeira vez aparecem os vocais limpos no disco, Jeff  usa essa artimanha  que causa pesadelos em alguns ouvintes de forma natural e bem colocada, e principalmente sem soar enjoativo. A faixa “Less” difere um pouco das demais por da uma pausa nos caos e na ignorância e carregar pro disco um clima mais soturno. Uma bela passagem com guitarras mais leves e dedilhadas abre precedente para um belíssimo riff aonde o peso toma as rédeas da música novamente. Os vocais limpos e variados deixam a faixa mais atrativa, Jeff sabe como usar muito bem sua voz. As várias mudanças de tempo transformam "Less" na melhor faixa do disco. “Clear” traz interessantes mudanças de tempo, hora modernosa, hora meio Doom, tem tudo pra ser um dos grandes destaques na carreira da banda. Seu final é brutal e descamba sem medo algum no Death Metal. Sua complexidade e fúria impressionam.
“Everything And Nothing” e sua complexidade foram concebidas pra destruir pescoços e mesmo trazendo uma estrutura semelhante com o que já foi encontrado em outras faixas do disco, ela não decepciona. “Razors” é a faixa mais comprida do disco e é regida por alternâncias nos vocais. Alguns elementos de rap parecem surgir brevemente na maneira de cantar gutural, mas nada que seja fator de preocupação. A música tem um bom solo e uma boa ideia, mas não precisava chegar a 8 minutos, opinião pessoal minha que todos estão a vontade pra discordar. “III” acaba com a faixa “Ghosts”, uma fodendo música que tem a função de trazer o equilíbrio ao disco após a longa faixa anterior. Mudanças de tempo bem executadas é um solo simples e muito legal marcam o final do belo disco.


Formação:
Jeff Fahl - Vocal
Jason Lamtman - Bateria
Jason Stone - Guitarra
Mike Carlton - Guitarra
Dave Tinlin - Baixo

1 Old Dogs
Unchained Unbeaten
Already Dead
Less
5 Clear
Everything And Nothing
7 Razors
8 Ghosts

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