quarta-feira, 21 de março de 2018

Tribulation - Down Below (2018)

A Suécia, sem dúvidas, é um dos países com um acervo simplesmente espetacular de banda de Heavy Metal, seja ele extremo ou tradicional. Iniciado em 2009 como o ato de death metal clássico, o Tribulation adicionou novos elementos ao seu som: melodias hipnotizantes, estruturas de musicas progressivas e olhares graciosos que os viram caminhar completamente novos caminhos. Os suecos jogam com sua mente, descobrem beleza na escuridão e tristeza, mas sem nunca cair nos chuvosos desfiladeiros. Com seu quarto álbum initulado “Down Below”, o grupo de Arvika supera sua obra-prima anterior 'The Children Of The Night' (2015) e simplesmente entrega ao público uma obra prima sem precedentes. Seu processo de composição os levou a uma catedral mental ou "casa feita de pedra, não na cidade, nem na floresta",. E, embora isso possa parecer obscuro e vago em primeiro lugar, ele só precisa de alguns segundos para entender o que ele quer realmente quer dizer. O álbum se inicia com a melancólica de "The Lament", a porta da catedral abre-se, sugando você diretamente na escuridão úmida, fria, contrastando com vocais agressivos, riffs inspiradíssimos, e solos melódicos e certeiros. Dando sequência a obra, temos “Nightbound” com seu belíssimo dedilhado, viciante, com belas linhas de teclado, uma faixa muito bem trabalhada em todos os sentidos. A próxima faixa denominada “Lady Death” é mais certeira, e segue a linha mais tardicional, com seus belíssimos arranjos.



Uma belíssima introdução de teclado está presente na faixa “Subterranea”, mas surpreende com seus riffs agressivos e uma atmosférica épica de se elogiar. A faixa instrumental “Purgatório” serve como introdução para a fantástica “Cries From The Underworld” faixa esta que remete a uma observação diária de uma mente consciente do que a vozes nefastas das vítimas do diabo. Podemos encontrar alusões a questões ambientais e sociais nas letras metafóricas em todo o álbum, no entanto eles nunca pregam e suas observações geralmente podem ser vistas como conclusões lamentáveis válidas tanto para o crescimento espiritual interno quanto para eventos sociais diários. Em "Lacrimosa", a banda mais uma vez joga com imagens católicas e alusões. Com os sinos das igrejas e os cantos de monge, a música aparece como a mais "gótica" , retratando a morte e a reunião, terminando com um piano melancólico e nostálgico. The World" a penúltima faixa, mostra uma vibração rítmica muito interessante, e um instrumental belíssimo e cirúrgico. "Here Be Dragons" leva o ouvinte á uma odisséia de 7: 30 minutos de duração com um final instrumental maciço, sem dúvidas a faixa perfeita para enceramento do álbum. É difícil, procurar as palavras certas para descrever essa obra, pois elas são muitas : viciante, único, melancólico, pesado, denso e marcante. Portanto, ouçam sem moderação e desfrutem dessa obra de qualidade singular,que certamente estará presente não só na minha lista de melhores do ano, mas de muitos outros amantes da boa música Imperdível ! 


Jonathan Hultén – Guitarra
Johannes Andersson – Vocal e baixo
Oscar Leander – Bateria
Adam Zaars – Guitarra

Faixas:
1. The Lament
2. Nightbound
3. Lady Death
4. Subterranea
5. Purgatorio
6. Cries From the Underworld
7. Lacrimosa
8. The World
9. Here Be Dragons

Nenhum comentário:

Postar um comentário