sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Gaslarm - Mind Pollution (2017)

Suécia, país gélido e berço de grande parte das bandas de todo estilo musical. Recentemente os suecos do Ambush, Enforcer e Air Raid vem ganhando notoriedade devido a seu estilo Heavy Metal Old School, que agrada tanto os fãs mais antigos, quanto os mais novos. Outros nomes clássicos da Suécia são de algumas bandas de Power Metal, como Lancer, Sabaton e outros. Mas, não é apenas de Heavy e Power que vivem os suecos!

Uma dose de Speed/Thrash sempre é bem vinda, e é essa a proposta do Gaslarm. Revivendo um estilo tão bem servido hoje, a banda surpreende não apenas pela qualidade apresentada, mas também pela sequência de lançamentos. Vamos abordar esse tema primeiro? Formada em 2016, a banda possui 'apenas' a marca de 4 álbuns já lançados! Com apenas 2 membros em sua formação, sendo que, Anders "Riff Lord" Lindberg, cuida dos vocais e todos os instrumentos, e Charles Daaboul das letras. 

Totalmente independente, o Gaslarm segue o princípio claro do Speed/Thrash, criticar a sociedade em que vivemos. Seu primeiro álbum, "Mind Pollution", lançado em 21 de Abril, possui 9 músicas do mais alto calibre, mostrando qualidade e personalidade. Após a música "Intro" que é instrumental e bem calma, o disco segue rápido e enérgico, como é apresentado na faixa "Abused". Guitarras rápidas e bateria rítmica iniciam bem a faixa, já vocal de Lindberg, que é leve, se encaixa muito bem ao instrumental, dando um ar mais ecoado ao conjunto. A única coisa que peca um pouco no decorrer da música, é o solo que se torna pouco marcante e facilmente esquecido.

Na sequência ouvimos "Immorality", que possui com passagens mais cavalgadas e um baixo bem presente. Novamente o solo se separa um pouco da faixa, mas não se perde por completo. "The One Remains" possui uma pegada mais tradicional (lógico, com boa influência de Speed), bases rápidas seguidas de frases bem construídas. A ponte da música é cadenciada, quebrando um pouco a agitação da faixa. Em "Chagrin" a bateria segue mais cadenciada, e as bases cavalgadas acompanhadas de um baixo suave e presente, combinadas ao vocal simples e ecoado dão a música o maior destaque do álbum. O solo, desta feita, se encaixa muito bem na música, mais lento e visando feeling, ele acompanha a característica mais cadenciada da faixa.

"For The Thrill" engatilha o disco em sua pegada mais rápida e viciante, com bases rápidas e constantes, bateria mais trabalhada e vocais mais fortes, a música se encaixa bem a proposta apresentada pela banda, mostrando uma boa evolução do instrumental. Sendo engatilhada ao fim da faixa anterior, "Suicidal" aparece como uma continuidade. Rápida e feroz, as pontes e refrões da música são como balas pesadas que rasgam o ar. Novamente, o solo se encaixou bem ao contexto apresentado na faixa, se tornando um complemento, não apenas um fragmento perdido. Mas toda banda gosta de jogar uma balada em seus discos, algumas conseguem fazer isso muito bem, e outras já não. E infelizmente "Mistress of Sin" se encaixa no segundo grupo, lenta e dedilhada, a faixa corta a pancadaria apresentada no disco, transmitindo uma sensação de "cansaço" para o play. Mas, a finalização do disco é bem feita com a faixa "Safe In My Own Skin", retomando as características já apresentadas, a música encerra o disco com velocidade e dando um gosto de quero mais.


É exatamente esse gosto que a banda consegue transformar em lançamentos. Com 4 discos já lançados em menos de 1 ano, a "one man band" se mostra com sede de metal!

Nota: 8,0

Tracklist:
01 - Intro
02 - Abused
03 - Immorality
04 - The One Remains
05 - Chagrin
06 - For The Thrill
07 - Suicidal
08 - Mistress of Sin
09 - Safe In My Own Skin


Redigido por Yurian Paiva

Nenhum comentário:

Postar um comentário