quinta-feira, 5 de outubro de 2017

With Our Arms To The Sun - Orenda (2017) / Resenha

Uma das coisas mais coisas mais reconfortantes e prazerosas para um amante de música como eu, é ver novas bandas trazendo uma musicalidade envolvente com esmero a cada detalhe. É exatamente isso que a banda WITH OUR ARMS TO THE SUN faz em seu terceiro trabalho, mesclando os estilos Post-Metal/Rock/Post Rock mais uma pitada de progressividade. Diferente de seus predecessores A FAR WAY WONDER (2015) e THE TRYLOGY (2013), dois álbuns predominantemente instrumentais, o quarteto decidiu se arriscar, introduzindo vocais em seu novo trabalho intitulado “ORENDA” (Força, vitalidade, poder espiritual oriunda da crença entre os Iroqueses).


Dentro deste contexto, a temática do álbum trata de como como podemos usar nossa energia, para combater nossos bloqueios e problemas internos. A primeira faixa “Disdain: Why Am I?” se inicia com o barulho de uma maquina de escrever, seguido de um vento distante, dando a ideia de que uma história será contada através das nove canções presentes. Após a curta introdução entram guitarra e bateria seguidas por gritos de agonia, raiva e libertação, até alcançar um vocal limpo e introspectivo, acompanhados de elementos musicais bastante imersivos. “Memory: The Drift” é praticamente um complemento da faixa inicial, porém nada repetitivo. Os sons seguem com uma fluência incrível. “Doorway To Ascencial” é uma musica única, onde o vocalista conversa com os ouvintes enquanto um som instrumental acompanha ao fundo com fortes influências de PINK FLOYD. Também encontrada com maior evidencia em “Doorway To Clarity”.

A ótima produção foi realizada pela própria banda com a ajuda de Buzz Osborne da banda Melvins partindo da arte gráfica, passando pela mixagem até o sequenciamento perfeito. Confesso que mesmo já conhecendo os dois álbuns anteriores de WITH OUR ARMS TO THE SUN, fui surpreendido positivamente. São musicas que tocaram minha alma, me arrepiaram e me fizeram ir para outros lugares dentro de minha mente. É importante que não se ouça este trabalho aleatoriamente e sim disfrutando de cada nuance que ele possa lhe oferecer. Para os fãs de TOOL, FLOYD, AEGES, THE DOORS, “ORENDA” é altamente recomendado. Para quem não é, também.
Texto: Bruno Diniz

1. Disdain: Why Am I
2. Memory: The Drift
3. Doorway to Clarity
4. Macrocosm: Prometheus
5. Doorway to Realization
6. Apex: 100 Year Dream
7. The War: Light the Shadows
8. Doorway to Ascension
9. Regret: Sailing Stones
10. Homebound: March of the Trees

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