quinta-feira, 5 de julho de 2018

Immortal - Northern Chaos Gods (2018)

Após a inesperada saída de seu frontman Abbath, muito se especulou quanto ao futuro do lendário Immortal. O lançamento rápido de um primeiro disco da banda de seu ex frontman e a demora do Immortal em anunciar seu futuro, só fez aumentar a desconfiança. Após a confirmação que Demonaz voltaria como música da banda, reassumiria a guitarra e também o vocal, uma chama negra de esperança e dúvida pairou na cabeça dos fãs da banda. Após mais demora, eis que finalmente em 2018 o Immortal quebra o silêncio!! “Northen Chaos God” não é somente um disco digno da carreira do grupo como pode ser colocado quase que imediatamente num patamar de clássicos como Battles In the North ou Sons of Northern Darkness.



A música que batiza o disco já poder ser considerada como um hino dessa nova fase!! Com riffs furiosos, bem trabalhados, um cozinha esmagadora e uma produção nota 10, tem tudo pra colocar o disco como um dos destaques desse ano e colocar a faixa “Northern Chaos Gods” entre os clássicos da banda. “Into The Battle” é a segunda faixa e é ainda mais veloz que a primeira faixa e mostra que todos esses anos de inatividade e silêncio fizeram bem a banda, que mesmo parecendo um pouco diferente, segue com suas principais características intactas.



“Gates Of Blashyrkh” da um quebra na velocidade do disco com uma faixa cadenciada e 'riffenta'. Essa é aquela faixa pra bater cabeça nos shows e certamente será um dos destaques, se executada ao vivo. “Grim And Dark” é uma das melhores faixas do disco e comprova todo o poder de fogo da nova formação e de Demonaz, um dos grandes personagens do estilo mas que nunca obteve tanto reconhecimento. Essa é uma faixa com andamentos variados entre riffs cadenciados pra sair batendo cabeça, pancadaria extrema e refrão grudento! Isso mesmo, refrão grudento!!



Demonaz foi guitarrista da banda nos clássicos entre os discos 'Diabolical Fullmoon Mysticism' à 'Blizzard Beasts' mas se afastou dos palcos devidos a graves problemas de tendinite. Esses problemas do passado, certamente deixarão na cabeça dos fãs outro ponto de interrogação quanto as apresentações ao vivo, mas no disco meu amigo, no disco!!! Essa lenda do Black Metal não deixou pedra sob pedra! “Called To Ice” da sequência na bolacha com a melhor faixa do disco. Riffs destruidores e um trabalho de bateria absurdamente foda por parte de Horgh, conduzirão o ouvinte aos gélidos ventos do norte em uma faixa de tirar o fôlego. Não é exagero dizer que estamos diante de uma das melhores músicas da banda, principalmente se analisarmos o trabalho da guitarra junto da ótima produção do disco, feita por parte da também lenda Peter Tägtgren (Hypocrisy). Riffs melódicos muito bem compostos se encaixam como uma luva em um trabalho simples e preciso de baixo e num trampo fantástico e cheio de felling na bateria pelas mãos e pés do competente Horgh, entre idas e vindas, presente na banda desde 1996.

“Where Mountains Rise” traz mais um momento de 'calmaria' (se é que é possível) em meio ao caos desse ótimo disco. Uma faixa melódica e até leve se comparada ao restante do disco, ela exalta as gélidas montanhas do norte com um clima mais clean, mesmo quando as coisas descambam pra pancadaria. Mais uma faixa de pegda diferente, extremo bom gosto e que mesmo assim não perde as características que fizeram do Immortal ter a importância que tem.
“Blacker Of Worlds” traz mais uma vez a velocidade a bolacha com uma faixa tipicamente Black Metal. Mais um trabalho soberbo nas guitarras com Riffs variados e ríspidos bateria na velocidade da luz.

“Might Ravendark” encerra o disco com seus mais de 9 minutos  e traz contornos épicos em uma faixa repleta de bons riffs, baixão pulsante porém discreto e uma bateria bem trampadinha. O vocal de Demonaz é uma aula a parte nessa faixa é só confirma o que foi ouvido ao longo do discos e dessa faixa, o cara realmente voltou e não veio pra brincar.
Conforme dito lá no começo, o Immortal voltou forte e vem pra certamente colocar seu nome novamente nas listas de melhores do ano. Não ter mais o Abbath na banda é uma grande perda, mas por incrível que pareça, ele não fez falta! Bom pra gente que temos um Immortal tão bom como sempre foi e a banda solo de seu ex líder, ambas fazendo música de qualidade! HAIL

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Demonaz (Harald Nævdal) - Vocal e guitarra
Horgh (Reidar Horghagen) - Bateria
Peter Tägtgren - Baixo e produção


1 Northern Chaos Gods
2 Into Battle Ride
3 Gates to Blashyrkh
4 Grim and Dark
5 Called to Ice
6 Where Mountains Rise
7 Blacker of Worlds
8 Mighty Ravendark

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